Coletivo TROVOA (RJ) MAYARA VELOSO + THAIS IROKO
Máscara de corpo: transmutação e celebração / Video colagem. 41''. 1920x1080







Até aqui sobrevivemos através do que criamos e do legado que ainda não nos foi roubado.
E é observando o carnaval como um dos grandes rituais de vida, articulado como um forte símbolo de expressão cultural que estabelece um campo comunicativo com a tradição religiosa, com o lúdico e principalmente com a rua, o movimento e o ritmo. Onde a máscara surge num contexto tradicional e ritualístico explorando o sentido pleno de mutação, principalmente quando em conjunto com a indumentária, estendendo ao corpo feminino o poder de transformar. Aqui como exemplo podemos citar turmas bate e bola e de palhaços das folias de reis, tradições que fazem parte do imaginário da cultura de rua carioca e que ainda se fazem viva nas periferias da cidade.
Ficha técnica
Mascaras de Corpo
Transmutação e Celebração
Video colagem. 41''. 1920x1080
Edição
Thaís Iroko
Fotografia
Diambe da Silva
Foto-performance
Série de 7 fotografias.
Fotografia e edição
Taineuraz
Locação
Morro do Salgueiro
Agradecimentos Especiais
Associação de Moradores do Salgueiro
Diambe da Silva
Manoel Lima
Margo e Tina
Maria Cristina Ramos
Nina
Taineuraz.


Bio
O Levante Nacional TROVOA é um coletivo de artistas visuais e curadoras racializadas pertencentes das cinco regiões brasileiras. Até o momento o levante mapeou onze Estados, sendo eles Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.
Fundado em 2017 na cidade do Rio de Janeiro, o Levante Nacional TROVOA nasce a partir das preocupações iniciais de quatro jovens mulheres e reivindica urgência na discussão sobre o sistema de arte no Brasil com especial atenção à visibilidade e inserção das artistas racializadas cis e trans nesse circuito. Ambicionamos enquanto coletivo evidenciar nossas produções não hegemônicas que derivam de intersecções raciais passando por indígenas, negras e asiáticas.
Representam o Trovoa no projeto Baile de Máscaras as artistas Mayara Velozo e Thais Iroko.
Mayara Velozo tem 27 anos e é moradora do Morro do Salgueiro, Tijuca, Zona Norte do Rio. Cursa História da Arte na UERJ. É artista visual e poeta. Suas experiências artísticas permeiam entre performance ,fotoperformance, videoperformance, poemas e videoinstalação. Recentemente tem se aventurado em pesquisas escultóricas. Os seus projetos artísticos vem de uma pesquisa que fala sobre construção, e de uma poética do ato de concertar com os outros e consigo.
Thaís Iroko (1992, RJ) é cria do complexo do chapadão, em Costa Barros, na zona norte do Rio de Janeiro. E é no bairro que ostenta o índice de segundo pior IDH da cidade, o lugar onde inicia sua busca a fim de investigar e lidar com o movimento de seu corpo preto/não-retinto, feminino e favelado que transita de forma política dentro e fora do seu território de origem. A artista explora em sua pesquisa fragmentos de imagens e sons como formas de refletir sobre memória, apagamento e déjà-vus, encontrando principalmente, na virtualidade, na poesia e na pintura, maneiras de confrontar e subverter o paradoxo e as efemeridades da vida negra.
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